6° RESENHA.



                            LOLITA.


Lolita foi publicado em 1955 por uma editora Francesa, embora o autor, 'Vladimir Nabokov', seja Russo, o livro foi primeiramente publicado em Françes. O autor saiu jovem da França, morou em vários países da Europa, somente em 1940 foi para os Estados Unidos. O livro quando lançado foi um estrondoso fenômeno, nos Estados Unidos ele veio a ser publicado somente depois de alguns anos, vindo a ser um sucesso literário.
Lolita é narrado em primeira pessoa por um protagonista por nome de: ' Humbert Humbert', que era um intelectual Francês. Ele é um Europeu que se cansou do velho mundo e veio morar nos EUA. Logo no prefácio descobrimos que esse nome não passa de um pseudônimo que o narrador escolhe para si mesmo. Lolita é uma narrativa de memórias, no prefácio descobrimos também que Humbert escreveu o livro quando estava na cadeia, e o motivo que o levou ao cárcere, bom… Os leitores terão que ler para descobrir. Humbert está narrando para os jurados a história da sua vida e de seu grande amor, que é o seu relacionamento com a menina chamada 'Lolita'. O nome verdadeiro da menina é: 'Dolores Haze'. A linguagem usada por Humbert é cuidadosa e rebuscada, a sua principal ferramenta perante os jurados. 
Sem dúvidas, essa é uma narrativa irresistível, provocativa, engraçada em alguns momentos, já em outras, detestável. O talento narrativo de Nabokov é surpreendente. Talvez a palavra para esse livro, na visão precipitada e errônea de alguns seja o amor, mas não é, obceção seria a definição para Humbert, que representa o que há de mais desprezível na sociedade, pois, ele é um homem adulto obcecado pela ideia de ter relações sexuais com menores. 
Humbert é professor de Literatura, desde sempre ele dizia sentir atração por menores até quatorze anos, ele durante a narrativa, tenta explicar sua doença. O único ponto de vista do livro é o dele próprio, de modo que não e confiável o que ele diz como verdade. No livro vemos ele usar o termo, 'Ninfeta', durante todo o decurso do livro, ele tenta mostrar ao leitor que, 'as meninas', conseguiam seduzi-lo, como 'ninfas', com sua beleza.
Nabokov, com extrema genialidade, trata neste livro, de um tema muito complicado e delicado, que é a pedofilia. A leitura do livro é mesmo fascinante. Em alguns momentos a leitura foi de fato extremamente angustiante, mas no geral, a beleza da linguagem empregada no livro é fantástica. 
A minha impressão é que, mesmo pelo único ponto de vista que é do Humbert, percebe-se o sofrimento em certas atitudes de Lolita, ainda que Lolita, realmente não se encaixasse no estilo de vida dos americanos, ela sim, sofreu sem saber exatamente como se livrar da situação. O livro é surpreendente, uma leitura que recomendo.






SOBRE O AUTOR.




Vladimir Nabokov (1899 – 1977) foi um escritor russo, naturalizado americano, autor do romance “Lolita”, obra que gerou muita polêmica entre os leitores, mesmo sendo aclamada pelos críticos.
Vladimir Nabokov (1899 – 1977) nasceu em São Petersburgo, hoje Leningrado, Rússia, no dia 23 de abril de 1899. Filho de uma família abastada teve uma professora francesa e uma governanta inglesa, tornando-se trilíngue antes mesmo de ler e escrever em russo. Ainda na adolescência, começou a escrever suas primeiras poesias. Foi aluno da Tenishev school, em São Petersburgo, e com a ajuda do professor de literatura, ainda com 17 anos, teve seu primeiro livro publicado, “Poems” (1916), uma coleção com 68 poemas escritos em russos.
Dois anos após a Revolução Russa de 1918, Nabokov e sua família partiu para a Inglaterra. Nesse mesmo ano, já havia publicado sua segunda coleção de versos, “Tho Paths” (1918). Na Inglaterra, ingressou no Trinity College, em Cambridge e depois de breve passagem pelo curso de zoologia, diplomou-se em literatura russa e francesa, como o primeiro da classe, em 1922.
Depois de formado, Nabokov mudou-se para Berlim, Alemanha, para onde sua família se transferiu, dois anos antes, e onde seu pai havia fundado um jornal. Em março de 1922, seu pai foi assassinado por um monarquista russo, no momento em que tentava proteger o verdadeiro alvo, Palev Milyukov, um líder do Partido Constitucional Democrata, que estava exilado em Berlim.
Após a morte de seu pai, sua mãe e sua irmã se mudam para Praga. Nabokov permanece em Berlim, quando viveu os tempos mais difíceis de sua vida, mas que escreve a maior parte de sua obra. Durante os 15 anos que passou em Berlim, ele sobreviveu como professor de línguas, literatura, boxe e tênis. Dedicou-se também ao estudo de borboletas e acabaria deixando seu nome e uma delas, Lycaeides melissa samuelis Nabokov.
Em 1925, casa-se com Vera Slonim, com quem teve seu único filho, Dmitri, que nasceu em 1934. Em 1937, Nabokov deixou a Alemanha e seguiu para a França, onde reuniu sua família. Em maio de 1940, fugindo das tropas alemãs que avançavam rumo à França, e junto com a família partiu para os Estados Unidos, a bordo do SS Champlain.
Nos Estados Unidos, estabeleceram-se em Manhattan e Nabokov começou um trabalho voluntário no Museu Americano de História Natural. Em 1941 foi nomeado professor residente de literatura comparada no Wellesley College. Em 1945 tornou-se cidadão americano. Lecionou literatura russa e europeia na Universidade de Cornell. Nessa época, escreveu sua polêmica obra “Lolita” (que virou sinônimo de atração sexual precoce) cuja personagem tinha 12 anos, e o quarentão Humbert Humbert, era submetido a tormentos eróticos e que, por sua vez, dela se aproveitava para liberar fantasias e neuroses. O romance foi recusado por vários editores, e finalmente publicado em Paris e só três anos mais tarde em Nova Iorque.
Lolita tirou Vladimir Nabokov do anonimato, e após o sucesso financeiro da obra, o autor retornou para a Europa, em 1961, se instalou em Montreux, Suíça e se dedicou exclusivamente à escrita. Nos últimos anos de vida, se refugiou no Montreux Palace Hotel e escrevia ao romance “O Original de Lana”. Durante 18 meses, sofreu com uma doença infecciosa que o levou à morte, ao lado de sua mulher Vera e seu filho Dmitri.


Vladimir Nabokov faleceu em Montreux, Suíça, no dia 2 de julho de 1977.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

8° RESENHA DE 2019.

11° RESENHA 2020.

2° RESENHA