9° RESENHA 2020.
LADY BARBERINA.
&
A OUTRA VOLTA DO PARAFUSO.
( HENRY JAMES ).
Livro maravilhoso escrito pelo autor Henry James. O livro traz dois contos, Lady Barberina e A outra volta do parafuso. No primeiro conto, que ocupa metade do livro, temos Lady Barberina descrevendo os valores sociais da época através do amor do jovem médico americano Jackson Lemom pela inglesa Lady Barberina ,filha de aristocratas. Embora um tanto resoluta quanto a união dos dois jovens, a família acaba consentindo o casamento, mesmo porque precisam de dinheiro, coisa que não faltava ao jovem médico Jackson. ( De certa forma, o modo de vida dos americanos é visto com depreciação pela aristocracia Inglesa ). A vida dos dois é cheia de conflitos, Barberina não consegue deixar de seus preconceitos em relação a cultura americana que ela acha vulgar e por mais que Jackson fizesse para agradar e entreter a esposa nos costumes americanos, não conseguia derrubar a resistência da Lady, tão doutrinada nos costumes e vícios da nobreza. Existe um contraste entre o novo mundo tão liberal com o velho mundo europeu cheio de ritos.
A Outra volta do Parafuso é um conto de terror daqueles narrados à noite em frente a lareira, e é assim que Douglas com muito suspense dá início a história de horror que ele jura que lhe foi confiada pela própria protagonista, há muitos anos atrás.
Trata-se já desde quando a preceptora é contratada para cuidar de duas crianças sob a condição de não incomodar de forma alguma seu empregador, o tio dos dois órfãos , fato que o vira somente duas vezes.
A casa é no Campo, bem afastada da cidade e segundo algumas histórias é assombrada por fantasmas e logo ela começa a notar algo estranho na casa e no comportamento das crianças.
E com os dias ela se vê envolta em uma trama que acredita ser obra de espíritos de dois empregados que morrera na casa, inclusive uma preceptora, e ela acaba virando refém do medo ou da maldade de duas crianças, assim coloco porque ao final da história você não sabe o que pensar sobre os acontecimentos, podendo seguir mais de uma linha de raciocínio
Sobre o autor.
Seu pai era um homem culto, filósofo, e fazia questão que os filhos recebessem uma ótima educação. Por isso viajou com a família para a Europa, em 1855, quando Henry tinha 12 anos, e durante três anos percorreram Inglaterra, Suíça e França, visitando museus, bibliotecas e teatros.
Regressaram aos Estados Unidos em 1858, para viajar de novo a Genebra e Bonn no ano seguinte. Em 1860, já estavam de volta a Newport, onde Henry e William - o irmão mais velho que se tornaria psicólogo e filósofo - estudaram com o pintor William Morris Hunt.
Henry começou a carreira de direito em Harvard em 1862. Mais interessado na leitura de Balzac, Hawthorne e George Sand e nas relações com intelectuais como Charles Eliot Norton e William Dean Howels, abandonou o direito para se dedicar à literatura. Seus primeiros textos e críticas apareceram em alguns jornais.
No começo de 1869, foi à Inglaterra, Suíça, Itália e França, países que lhe forneceriam uma grande quantidade de material para suas obras. Regressou a Cambridge em 1875. Viveu um ano em Paris, onde conheceu o círculo de Flaubert (Daudet, Maupassant, Zola) e, em 1876, fixou-se em Londres, onde escreveu a maior parte de sua extensa obra.
A carreira literária de Henry James teve três etapas. A primeira foi na década de 1870, com "Roderick Hudson" (1876), "The American" (1877) e "Daisy Miller" (1879) e culminou com a publicação de "Retrato de uma Senhora", em 1881, cujo tema é o confronto entre o novo mundo com os valores do velho continente.
Na segunda etapa, James experimentou diversos temas e formas. De 1885 até 1890, escreveu três novelas de conteúdo político e social, "The Bostonians" (1886), "The Princess Casamassima" (1886) e "The Tragic Muse" (1889), histórias sobre reformadores e revolucionários que revelam a influência da corrente naturalista.
Nos anos 1890-1895, chamados "os anos dramáticos", James escreveu sete obras de teatro, das quais duas foram encenadas, com pouco êxito. James voltou à narrativa com "A Morte do Leão" (1894), "The Coxon Fund" (1894), "The Next Time" (1895), "What Maisie Knew" (1897) e "A volta do parafuso" (1898).
As obras "The Beast in the Jungle" (1903), "The Great Good Place" (1900) e "The Jolly Corner" (1909), fazem parte da última etapa do trabalho de James, considerada por muitos críticos[quem?] como a mais importante, quando o autor explora o complexo funcionamento da consciência humana. Sua prosa torna-se densa, com a sintaxe cada vez mais intrincada. Essas características definem as três grandes obras dessa etapa final, "As Asas da Pomba" (1902), "Os Embaixadores" (1903) e "A Taça de Ouro" (1904).
Além dos romances, relatos curtos e obras de teatro, o autor deixou inúmeros ensaios sobre viagens, críticas literárias, cartas, e três obras autobiográficas. Os últimos anos da sua vida transcorreram em absoluto isolamento na sua casa, que só deixou em 1904 para regressar brevemente aos Estados Unidos depois de 20 anos de ausência.
Em 1915, com a Primeira Guerra Mundial, James adotou a cidadania britânica. Morreu aos 72 anos, pouco depois de receber a Ordem do Mérito britânica.
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