1 ° Resenha 2019.


LIVRO. (A revolução das formigas)
              Bernard Werber.
              Bertrand (Brasil) 643 páginas.


Alguns livros nos surpreendem, outros nos emocionam, nos fazendo rir e até chorar, mas existem aqueles que nos tiram o fôlego, que arrancam do âmago do nosso coração as mais diferentes emoções. Foi o que aconteceu comigo ao iniciar a leitura de, ‘A revolução das formigas’, do autor, Bernard Werber.
A narrativa é admirável, muito bem escrita, solta, leve, dinâmica. De um lado temos a personagem Júlia Pison, ‘jovem’, olhos cinza-claros, 19 anos. Os seus cabelos pretos, brilhantes, lisos e sedosos. Do outro lado, uma velha formiga-ruiva, curiosa, exploradora, que estava próxima do fim de sua vida e buscava prolongá-la de alguma forma.
Certo dia, Júlia encontra um livro muito estranho, ‘Enciclopédia dos saberes relativo e absoluto, tomo 3’. Em contrapartida, a velha formiga-ruiva encontrou-se com as 12 formigas exploradoras. A aventura então começa meus amigos. Tanto para Júlia, quanto para as formigas.
Neste livro encantador, Bernard Werber nos conduz a um thriller “intraterrestre”. Este romance de aventura e conto filosófico é sem dúvidas uma profunda meditação da relação do homem com a natureza e o universo. Júlia, “assim como as formigas”, encontra-se com um grupo de amigos, ‘os sete anões’, um grupo de músicos, ‘estudantes da mesma escola’ juntos criam um movimento denominado a revolução das formigas, a escola onde estudavam virou o palco dessa inusitada revolução. Uma revolução diferente, sem violência, apenas de ideias, ‘extraordinárias ideias’ tendo como base a sociedade das formigas. Enquanto isso, a formiga-ruiva, da mesma maneira organiza uma jornada para se tornar de ‘uma velha formiga-ruiva á beira da morte’, em uma rainha belíssima.
Às duas histórias são narradas em paralelo, a todo o momento deparar-nos com questionamentos onde o nosso mundo e nosso modo de viver, é de certo modo, colocado em xeque, uma vez que, a sociedade ‘mimercoana’ como é chamado as formigas, nos ensinam lições preciosas sobre como viver em sociedade.
Embora extenso, quando se inicia a leitura desse livro, fica difícil parar. De um lado temos as formigas, elas se perguntam se somos monstros ou seus deuses. Do outro lado nós, os seres humanos. Seria mesmo possível que um dia essas duas civilizações se encontrassem? O brilhantismo desse livro está justamente aí, em determinado momento da história, o impensável acontece, às duas civilizações mais evoluídas do planeta estarão frente a frente.
Júlia Pison, com o seu grupo, descobrem, depois de inúmeras aventuras, uma forma de se comunicar com esses seres minúsculos, as formigas, sedenta de conhecerem nosso modo de vida, também encontram um jeito de se comunicar conosco.
O que vai resultar disso?
Convido a todos para lerem e se aventurarem nas mais de 600 páginas desse magnífico romance.

Bernard Werber é romancista e jornalista científico de renome. Durante 15 anos percorreu todos os labirintos da civilização das formigas, passando a conhecer os seus incontáveis recantos e segredos.

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